Tributação na importação: como reduzir custos com planejamento fiscal eficiente

Tributação na importação

O comércio exterior oferece grandes oportunidades para empresas brasileiras que desejam ampliar seus negócios, diversificar fornecedores e aumentar a competitividade no mercado.

No entanto, um dos principais desafios enfrentados por importadores é a alta carga tributária incidente sobre os produtos vindos do exterior.

Por sua vez, para superar essa barreira, o planejamento fiscal torna-se uma ferramenta indispensável, capaz de reduzir custos e otimizar os resultados da operação.

Neste artigo, você vai entender como funciona a tributação na importação, quais tributos estão envolvidos, e como um planejamento eficiente pode gerar economia significativa para o seu negócio.

Como funciona a tributação na importação?

A tributação na importação é composta por um conjunto de impostos e taxas que incidem sobre mercadorias adquiridas de outros países.

Esses tributos são cobrados na entrada do produto no Brasil e variam conforme a natureza da mercadoria, o país de origem, o regime aduaneiro utilizado e outros fatores.

Os principais tributos cobrados são:

  • II (Imposto de Importação): Tributo federal que incide sobre o valor aduaneiro da mercadoria, com alíquota definida pela Tarifa Externa Comum (TEC).
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): Imposto que incide sobre produtos industrializados, com alíquota que varia de acordo com a classificação fiscal (NCM) da mercadoria.
  • PIS-Importação e COFINS-Importação: Contribuições sociais federais aplicadas sobre o valor aduaneiro, acrescido do ICMS e do próprio PIS/COFINS.
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): Imposto estadual que também incide sobre importações, com alíquota definida por cada estado.
  • AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante): Taxa incidente sobre o frete marítimo, com exceções previstas em lei.
  • Taxas aduaneiras e serviços alfandegários: Valores cobrados para custear serviços de desembaraço e fiscalização.

 

A correta apuração desses tributos exige atenção, pois erros podem resultar em autuações fiscais, multas e até retenção da mercadoria.

Os impactos da carga tributária no custo final

A soma dos impostos incidentes na importação pode representar uma parcela significativa do custo final do produto, chegando, em alguns casos, a mais de 60% do valor da mercadoria.

Além disso, outros custos, como transporte internacional, seguro, despesas portuárias e taxas bancárias, também compõem o preço total.

Sem um planejamento adequado, a empresa corre o risco de pagar mais tributos do que o necessário, reduzir sua margem de lucro e perder competitividade.

Por sua vez, é justamente nesse contexto que entra o planejamento fiscal eficiente, capaz de identificar oportunidades legais para reduzir a carga tributária.

Planejamento fiscal na importação: por que é tão importante?

O planejamento fiscal é o conjunto de estratégias que visa reduzir, de forma legal, os tributos pagos em uma operação.

No caso das importações, ele envolve desde a análise do enquadramento tributário até o estudo de regimes aduaneiros especiais, classificação fiscal correta, negociação de contratos e escolha de fornecedores.

Quando bem estruturado, o planejamento permite:

  • Reduzir custos com impostos, evitando pagamentos indevidos;
  • Aproveitar benefícios fiscais disponíveis para determinados produtos e setores;
  • Evitar multas e autuações por erros na classificação ou declaração;
  • Melhorar o fluxo de caixa, já que tributos podem ser diferidos ou suspensos;
  • Aumentar a competitividade, oferecendo preços mais atrativos no mercado.

Estratégias para reduzir custos na importação com planejamento fiscal

Existem diversas estratégias que podem ser aplicadas para otimizar a tributação e reduzir custos na importação. Veja as principais:

1. Escolha correta do regime aduaneiro

Os regimes aduaneiros especiais oferecem vantagens fiscais que podem ser aproveitadas por importadores. Alguns exemplos:

  • Drawback: Isenção, suspensão ou restituição de tributos para empresas que importam insumos utilizados na produção de produtos exportados.
  • Entreposto Aduaneiro: Permite armazenar mercadorias em recinto alfandegado sem o pagamento imediato de tributos.
  • Repetro e Repetro-Sped: Aplicáveis a setores específicos, como o de petróleo e gás, com benefícios tributários relevantes.
  • Regime de Ex-Tarifário: Redução temporária do Imposto de Importação para bens de capital e informática sem produção nacional equivalente.

 

O uso adequado desses regimes pode representar uma economia expressiva.

2. Classificação fiscal correta da mercadoria (NCM)

Cada produto importado possui um código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), que determina a alíquota dos tributos incidentes.

Uma classificação incorreta pode resultar no pagamento de impostos mais altos ou em penalidades fiscais.

Realizar uma análise técnica detalhada da NCM é fundamental para garantir que a empresa não pague tributos indevidos.

3. Planejamento da logística e do modal de transporte

Os custos logísticos também impactam na tributação, já que o valor aduaneiro inclui despesas com frete e seguro.

A escolha do modal de transporte (aéreo, marítimo, rodoviário) e do Incoterm adequado pode reduzir a base de cálculo dos tributos e, consequentemente, o valor pago.

4. Revisão do regime tributário da empresa

Empresas optantes pelo Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional possuem formas diferentes de apuração de impostos, o que influencia diretamente o custo das operações de importação.

Uma revisão periódica do regime tributário pode apontar oportunidades para economizar.

5. Utilização de incentivos fiscais regionais

Alguns estados brasileiros oferecem benefícios fiscais para operações de importação realizadas por meio de portos ou aeroportos locais, como é o caso de programas de incentivo em estados como Espírito Santo e Santa Catarina.

A escolha estratégica do local de desembaraço pode reduzir consideravelmente a carga tributária.

Como a contabilidade especializada pode ajudar no planejamento fiscal?

Realizar um planejamento fiscal eficiente na importação exige conhecimento aprofundado da legislação tributária, normas aduaneiras, acordos internacionais e práticas de comércio exterior.

Uma contabilidade especializada em importação e exportação é essencial para:

  • Elaborar estudos de viabilidade tributária;
  • Identificar e aplicar benefícios fiscais disponíveis;
  • Garantir a correta classificação fiscal e documentação;
  • Auxiliar na escolha de regimes aduaneiros vantajosos;
  • Realizar auditorias e prevenir contingências fiscais.

 

Com o suporte de profissionais qualificados, a empresa não apenas reduz custos, mas também evita riscos jurídicos e fiscais.

Conclusão: economia e competitividade dependem de um bom planejamento

A tributação na importação é complexa, mas, quando bem administrada, pode deixar de ser um obstáculo e se tornar uma oportunidade de ganho competitivo.

O segredo está em adotar estratégias legais de planejamento fiscal, aproveitando todos os benefícios e regimes especiais disponíveis.

Se a sua empresa deseja importar com segurança, reduzir custos e aumentar a lucratividade, conte com especialistas que entendem do assunto.

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