A Reforma Tributária já está em fase de implementação e, muito em breve, o setor de serviços terá que se adaptar a uma nova forma de pagar impostos.
Um dos principais destaques desse novo modelo é o IBS – Imposto sobre Bens e Serviços, que substituirá tributos atuais e mudará totalmente o jeito como as empresas prestadoras de serviços lidam com a tributação.
Se você é empresário do setor de serviços, saiba que é fundamental compreender desde agora como o IBS vai afetar sua empresa, principalmente para não ser surpreendido com aumento de custos e obrigações fiscais.
Neste artigo, você vai entender o que é o IBS, qual será o impacto direto para as empresas prestadoras de serviços e o que fazer para se preparar com segurança.
O que é o IBS e por que ele está sendo criado?
Índice
O IBS faz parte da Reforma Tributária e tem como objetivo simplificar o sistema de impostos sobre consumo. Ele será um imposto não cumulativo, cobrado sobre operações de bens e serviços.
O IBS irá substituir dois tributos que existem hoje:
- ICMS (estadual)
- ISS (municipal)
Junto ao CBS (tributo federal que substituirá PIS e Cofins), o IBS fará parte do sistema do IVA Dual, o novo formato de tributação sobre consumo definido pela Reforma Tributária.
Como o IBS será cobrado?
Diferente do ISS e do ICMS, que possuem regras próprias em cada município ou estado, o IBS terá regras nacionais padronizadas, com alíquota uniforme.
Além disso, ele será cobrado por fora, exatamente como acontece com o ICMS hoje, ou seja, quando uma empresa prestar um serviço, o IBS será calculado em cima do preço final e destacado na nota fiscal.
Isso significa que, se a empresa não fizer um bom planejamento tributário, o preço do serviço pode ficar mais caro e prejudicar a competitividade no mercado.
IBS para prestadores de serviços: vai aumentar o imposto?
Essa é a grande dúvida dos empresários e, sim, em muitos casos, o imposto tende a aumentar para empresas prestadoras de serviços.
Hoje, com o ISS, muitos municípios cobram 2% a 5% sobre a prestação de serviços. No entanto, a alíquota total do IBS poderá chegar a cerca de 17,7%, dependendo dos ajustes finais da Reforma.
Contudo, isso não significa que todo prestador de serviço vai pagar 17,7%, de IBS já que a tributação ocorrerá com base no princípio da não cumulatividade, ou seja, será possível abater créditos de fornecedores. Mas aqui está o ponto crítico:
Empresas de serviços costumam ter poucos insumos para gerar créditos.
Se a empresa não comprar muitos produtos para utilizar em suas atividades, terá pouco crédito a compensar e acabará pagando uma carga efetiva maior.
É por isso que o setor de serviços será o mais impactado pela Reforma Tributária.
Quais empresas serão mais afetadas pelo IBS?
As empresas que trabalham com mão de obra especializada, sem uso de materiais ou mercadorias, estão entre as mais afetadas. São elas:
- Clínicas médicas e odontológicas
- Consultórios de psicólogos e fisioterapeutas
- Salões de beleza e clínicas de estética
- Escritórios de advocacia e contabilidade
- Agências de publicidade e marketing
- Empresas de tecnologia e desenvolvimento de software
- Engenharias e consultorias técnicas
- Prestadores de serviços financeiros
Esses negócios, em geral, não compram muitos insumos e, por isso, não terão crédito suficiente para reduzir os impostos, o que pode elevar o custo da operação caso não haja planejamento adequado.
Mudança no local de cobrança do imposto
Outro ponto importante sobre o IBS, é que o imposto será cobrado no destino do serviço, ou seja, no local onde o cliente está, e não mais onde a empresa está localizada.
Exemplo: Uma agência de marketing de São Paulo que presta serviço para um cliente do Rio Grande do Sul vai recolher IBS destinado ao RS. Isso muda completamente a lógica atual e exige atenção para processos de faturamento, emissão de nota e gestão fiscal.
O IBS pode aumentar o imposto para prestadores de serviços?
Sim, especialmente em empresas com alto faturamento e baixo volume de despesas operacionais. Mas existe uma boa notícia: com planejamento tributário, é possível reduzir o impacto ou até melhorar a estrutura de tributação.
Algumas estratégias possíveis incluem:
- Criação de sociedade empresarial
- Reestruturação societária com pró-labore estratégico
- Escolha correta entre Simples, Lucro Presumido ou Lucro Real
- Aproveitamento de créditos permitidos pelo IBS
- Revisão contratual com clientes
Tudo dependerá de análise individual de cada empresa e é exatamente por isso que a Ogura Contabilidade passa a ter papel fundamental nessa fase de transição.
Como se preparar para o IBS: o que sua empresa deve fazer agora
Quanto antes sua empresa começar a se preparar, melhor será a adaptação. Veja os principais passos:
- Fazer diagnóstico tributário da empresa
- Simular o impacto do IBS no faturamento atual
- Revisar contratos e precificação
- Avaliar alterações societárias estratégicas
- Organizar documentação e fluxo de caixa
- Consultar uma contabilidade especializada
Quanto mais cedo sua empresa entender os efeitos da Reforma Tributária, menor será o risco de pagar imposto a mais ou perder competitividade no mercado.
Conclusão
O IBS representa uma mudança significativa para as empresas prestadoras de serviços. Para quem deixar para a última hora, a transição pode ser difícil e custosa.
Mas quem entender o cenário com antecedência pode se reorganizar, reduzir riscos e até melhorar a performance tributária.
A chave está em planejamento tributário e tomada de decisão com base em dados reais.
Negócios sem acompanhamento contábil especializado tendem a sofrer com a nova legislação. Já aqueles que se adaptarem com estratégia podem sair na frente.
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