Reforma Tributária e o novo IVA: como as empresas devem se preparar para a transição?

Como a reforma tributária afeta o setor de serviços?

A reforma tributária é um dos temas mais discutidos no cenário econômico brasileiro nos últimos anos. Com a aprovação de parte das mudanças pelo Congresso Nacional, o país se prepara para substituir o complexo sistema atual por um modelo mais simples e transparente, baseado no IVA (Imposto sobre Valor Agregado).

A transição, prevista para durar até 2033, trará desafios e oportunidades para empresas de todos os setores.

Neste artigo, a Ogura Contabilidade explica em detalhes o que muda com o novo IVA, como será a fase de transição e quais medidas as empresas devem adotar desde já para garantir uma adaptação segura e estratégica.

O que é o IVA e como funcionará no Brasil?

O Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é um modelo já adotado em diversos países, como Canadá e União Europeia, e tem como objetivo simplificar a tributação sobre o consumo.

No Brasil, o IVA será implementado em duas frentes:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): De competência federal, substituindo PIS e COFINS;
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): De competência estadual e municipal, substituindo ICMS e ISS.

 

Ambos terão como base a não cumulatividade, ou seja, o imposto pago em uma etapa da cadeia poderá ser creditado na seguinte. Isso reduz a chamada “cascata tributária”, onde um mesmo valor era tributado diversas vezes.

Por que a transição é necessária?

O atual sistema brasileiro é considerado um dos mais complexos e burocráticos do mundo. Hoje, empresas precisam lidar com diferentes tributos, legislações estaduais e municipais, além de regras distintas de apuração e recolhimento.

Com o IVA, a expectativa é que haja:

  • Simplificação de regras e menos burocracia;
  • Uniformização da base de cálculo;
  • Maior transparência para empresas e consumidores;
  • Redução de litígios tributários entre contribuintes e o fisco.

 

No entanto, uma mudança dessa magnitude não pode ser feita de forma abrupta, sob risco de causar insegurança jurídica e financeira. Por isso, o governo optou por uma transição gradual, que deve se estender por vários anos.

Como será a transição para o IVA?

A transição ocorrerá em fases, permitindo que empresas e governos se adaptem ao novo sistema:

1. Período de teste

  • A CBS e o IBS começarão a ser aplicados de forma parcial, com alíquotas reduzidas.
  • As empresas poderão apurar e recolher os novos impostos sem que os tributos atuais sejam extintos de imediato.

2. Convivência de sistemas

  • Por alguns anos, empresas deverão conviver com dois sistemas paralelos: o atual (PIS, COFINS, ICMS, ISS) e o novo (CBS e IBS).
  • Essa etapa exigirá dupla apuração e controles contábeis robustos.

3. Substituição total

  • Até 2033, os tributos atuais serão gradualmente extintos, dando lugar ao IVA.
  • A alíquota final será única para a maioria dos bens e serviços, com exceções para setores estratégicos (como saúde, educação e produtos da cesta básica).

Quais os principais impactos esperados para as empresas?

Dentre os principais impactos esperados sobre as empresas, podemos destacar:

1.Revisão da carga tributária: Alguns setores podem ter aumento de carga (como serviços), enquanto outros podem se beneficiar com a maior possibilidade de créditos fiscais.

2.Maior necessidade de controle contábil: Com a convivência de dois sistemas, os controles precisarão ser redobrados, exigindo softwares atualizados e contabilidade consultiva.

3.Impactos no fluxo de caixa: O IVA será recolhido em cada etapa da cadeia. Isso pode exigir ajustes de capital de giro e novas estratégias de precificação.

4.Adaptação de contratos e preços: Empresas precisarão revisar contratos com clientes e fornecedores para incluir cláusulas sobre atualização tributária, evitando prejuízos durante a transição.

Como as empresas devem se preparar?

Com o apoio de uma contabilidade consultiva na área de gestão fiscal e planejamento tributário, muitas empresas estão começando a se preparar. Veja como isso é possível:

Mapear impactos setoriais: Cada setor será afetado de forma diferente. Serviços intensivos em mão de obra, por exemplo, terão menos créditos de insumo e podem sentir maior impacto.

Simular cenários tributários: Faça projeções comparando a carga atual com a futura, considerando diferentes cenários de alíquotas. Isso ajuda a planejar ajustes no fluxo de caixa e precificação.

Reforçar a governança contábil e fiscal: A transição exigirá informações contábeis precisas e atualizadas. Empresas que já contam com contabilidade digital e possuem processos automatizados estarão em vantagem.

Revisar contratos e políticas de preços: É essencial revisar contratos de longo prazo para prever possíveis alterações de custos tributários, garantindo equilíbrio financeiro entre as partes.

Desafios da transição

Apesar dos benefícios esperados, a transição da reforma tributária, também traz riscos que precisam ser monitorados:

  • Complexidade temporária: Até que os tributos antigos sejam extintos, a carga burocrática pode aumentar.
  • Incerteza sobre alíquotas: O percentual final da CBS + IBS ainda não está 100% definido, dificultando simulações precisas.
  • Risco de bitributação: No período de sobreposição, será essencial contar com assessoria contábil especializada para evitar pagamento indevido de impostos.

O papel da contabilidade na transição para o IVA

Mais do que nunca, o apoio contábil será determinante para empresas navegarem nesse período de mudanças.

Uma contabilidade estratégica, como a Ogura Contabilidade, pode auxiliar de diversas formas:

  • Diagnóstico da situação atual e simulações de impacto;
  • Apoio na escolha do regime tributário mais vantajoso durante a transição;
  • Implementação de sistemas rigorosos de controle fiscal;
  • Treinamento e suporte contínuo para equipes administrativas.

Conclusão

A reforma tributária e o novo IVA representam um marco histórico para a economia brasileira.

Embora a transição traga desafios significativos, especialmente no período em que os dois sistemas coexistirão, a longo prazo a expectativa é de maior simplificação, previsibilidade e justiça tributária.

Para as empresas, o segredo será não esperar a mudança acontecer para se adaptar. Antecipar-se, simular cenários e contar com o apoio de uma contabilidade especializada fará toda a diferença na competitividade do negócio.

Na Ogura Contabilidade, estamos acompanhando cada detalhe da reforma e preparados para orientar nossos clientes em cada etapa da transição.

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Fale com a nossa equipe e prepare-se para o futuro da tributação no Brasil.

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